No atual contexto da economia digital, ficar offline não é uma opção para empresas que buscam dar longevidade aos seus negócios. Estima-se que até 2025, cerca de 25% de toda a riqueza gerada no mundo – o PIB mundial – tenha como origem transações realizadas no ambiente online. Portanto, é fundamental garantir que a infraestrutura de TI, que suporta toda essa imensa demanda por processamento de dados, esteja altamente disponível. É neste momento que os Serviços Continuados assume o seu papel no processo.
“Eles são de suma importância para a economia digital, pois permitem que os data centers permaneçam funcionando e possibilitando que todo tipo de operação online – seja uma compra, um pagamento ou mesmo um processo produtivo – possa ser realizado”, explica Leonardo Donati, Gerente Executivo de Soluções da green4T.
Leonardo explica no podcast a seguir quais as principais demandas dos clientes da empresa com relação a este tema – além da disponibilidade, a variação de custos e a insegurança quanto à qualificação da mão-de-obra também são recorrentes – e avalia como a manutenção preventiva e preditiva, a inclusão de peças e insumos no contrato, a capilaridade do atendimento e um Centro de Excelência com técnicos altamente especializados podem sanar estes problemas. Acompanhe a entrevista concedida ao jornalista Fabiano Mazzei.
Fabiano Mazzei: Olá seja muito bem-vindo, seja muito bem-vinda a mais um episódio do podcast greenTALKS. Lembro a você que este conteúdo está disponível também no canal da green4T no YouTube, no nosso blog Insights e também em nossas mídias sociais.
Vamos falar neste episódio sobre “Qual a importância dos Serviços Continuados para o crescimento da economia digital?”
Para conversar sobre este tema convidamos Leonardo Donati que é Gerente Executivo de Soluções da green4T. Leonardo, muito obrigado por aceitar o convite e seja bem-vindo aqui pela primeira vez ao podcast.
Leonardo Donati: Obrigado Fabiano, espero que seja a primeira de muitas participações. Estou tão ansioso para poder bater esse papo com você e com o pessoal que está escutando.
Fabiano: Maravilha, então, Leonardo. E só para dar uma introdução nessa história, a economia digital está em franca expansão em todo o mundo e já há estimativas de que ela possa alcançar 25% do PIB mundial até 2025. Na China, hoje ela já representa 40% do PIB daquele país. Nesse contexto, as empresas que têm negócios digitais precisam garantir disponibilidade, eficiência e resiliência às suas infraestruturas de TI e isso tem tudo a ver com Serviços Continuados, certo?
Leonardo: Com certeza, os Serviços Continuados são a base para essa economia digital funcionar. Porque se não estiver atuando, diversos serviços importantes para a população ficam inoperantes e não podem ser utilizados – de uma simples transferência de dinheiro ou um pagamento em cartão de crédito, não se consegue efetivar. Então, a manutenção e a prestação de Serviços Continuados é de suma importância.
Fabiano: Perfeito, na sua rotina dentro da green4T, quais são as principais ‘dores’ que as empresas trazem para você? Quais os tipos de demanda mais comuns com relação às infraestruturas de TI que você mais tem recebido?
Leonardo: A gente vê aqui em todas as consultas que quase 100% dos clientes buscam disponibilidade, é o foco de todos. Normalmente, os clientes vêm com essa ‘dor’ e buscam algo em função desse desconhecimento da disponibilidade.
Além disso, a gente vê problemas de custos também: clientes que optaram por um modelo de contratação e tiveram problemas em relação aos custos iniciais que tinham sido previstos. E uma outra grande preocupação deles é com a falta de equipe técnica qualificada, que você precisa contar com uma capacitação dos profissionais para obter uma correta manutenção dos equipamentos.
Então são estas as três principais ‘dores’ dos clientes: a disponibilidade, variação de custos e qualificação de equipe técnica.
Fabiano: Muito bem, e como a green4T atua em cada uma dessas frentes? Como trabalhamos para amenizar esses problemas?
Leonardo: Antes de falar de como atua, tem um dado que eu vi recentemente que diz que cada minuto de paralisação de um data center custa, em média, US$ 5,6 mil para uma empresa. Então, o impacto disso é muito alto para companhias. A green4T é muito forte nessa questão de disponibilidade. Utilizamos um software de gestão muito forte, com plano de manutenção e apoio do serviço de meteorologia.
Nosso grande foco é a manutenção preventiva e preditiva, antes que a peça ou algum componente do equipamento apresente desgaste ou dano. Você faz a substituição deles baseado na recomendação dos fabricantes e isso ajuda a garantir que não vai gerar indisponibilidade.
Uma coisa bem importante também é a parceria com o serviço de meteorologia, que nos antecipa as condições meteorológicas de cada lugar onde temos clientes. Com isso, conseguimos antecipar eventuais ações ou até mesmo fazer a alocação de recurso técnico para a região no caso de, por exemplo, termos alguma sinalização de chuva ou algo que possa vir acarretar uma indisponibilidade de energia.
Além disso, temos um sistema de gestão por software que nos permite ter um planejamento muito bem feito e um controle rigoroso das manutenções que foram feitas. A gente consolida nele todas as informações do equipamento e registra este histórico em um relatório que permite a tomada de decisão rápida em função das substituições ou manutenções que precisam ser feitas.
Conseguimos agregar estes processos e procedimentos para clientes com operações de diversos portes, grandes e pequenos, o que nos permite fazer uma manutenção preventiva em equipamentos e rotinas para todos.
Outra coisa importante também é a central de atendimento com monitoramento em tempo real. Muitas vezes, o cliente tem um data center com muita redundância, mas não tem ninguém acompanhando os alarmes em tempo real. Esse serviço é muito importante para estes clientes, que não possuem uma operação física 24/7 para conseguir antecipar ações – e fazemos isso por monitorar o sistema de alarmes.
Com relação a avaliação de custo, temos um modo de trabalho que conta com peças e insumos inclusos no próprio contrato. Toda a nossa experiência em Serviços Continuados permite, de forma segura, fechar contratos de atendimento com este custo incluso, o que possibilita ao cliente fazer um planejamento financeiro a longo prazo sem desvios, evitando a variação dos valores.
Investimos também na capacitação da equipe técnica, com treinamentos nos fabricantes e internos também. E, além de nossa equipe de campo, temos o Centro de Excelência, onde está o corpo técnico formado por profissionais Nível 2, especializados em cada uma das áreas do data center – UPS, geradores, climatização… – e são eles que dão o suporte para o pessoal nos clientes. Em caso de dúvida em algum processo de manutenção, estes profissionais podem ser deslocados até o cliente para resolver a questão. Então, temos um foco muito grande nas pessoas, no treinamento e na capacitação dos nossos técnicos em campo.
Fabiano: Perfeito. Uma coisa que me chamou muito a atenção é a questão da disponibilidade das infraestruturas de TI ser extremamente importante para o negócio, sobretudo nesse contexto digital. O que você pode acrescentar a respeito disso?
Leonardo: Eu também li nesses dias uma reportagem que me chamou muita atenção: no mundo atual, um minuto na internet representa 197 milhões de e-mails e quase 70 milhões de mensagens pelo WhatsApp e o Facebook. Você imagina o volume de informação que trafega na internet – e a pandemia só potencializou isso e o consumo online principalmente.
Então, as lojas hoje estão muito focadas no e-commerce por causa do modelo de venda acelerado pela pandemia no último ano. Assim, a indisponibilidade da infraestrutura de TI acarreta em perda de faturamento para a empresa – seja quem trabalha com vendas ou gera perda na produtividade de equipe, porque a maioria das empresas hoje já adotou softwares para fazer o trabalho em equipe.
Se a atuação é com o cliente direto, a indisponibilidade afeta a satisfação do cliente, por não conseguir fazer o relacionamento. Pode haver também a perda de dados, uma vez que o data center registre algum problema sensível no hardware que armazena cadastros, por exemplo. Tudo isso impacta ainda na reputação e na imagem da empresa.
Vimos recentemente um evento mundialmente conhecido que teve impacto significativo em vendas, afetando pequenos negócios de empreendedores que trabalham com o aplicativo. Eles passaram dois dias praticamente sem poder trabalhar e vender. Então, isso é um desgaste muito grande para empreendedores e consumidores, o que acabou prejudicando a imagem da empresa.
Fabiano: Aproveitando, vou incluir uma pergunta. Você falou sobre a questão da importância de se contar com equipes bem preparadas para realizar os serviços continuados que eu vou acrescentar. E vivemos em um país de dimensões territoriais continentais. Qual a importância de se ter uma abrangência nacional nesse tipo de serviço, ou seja, poder oferecer mão-de-obra qualificada para todo o perfil de cliente em todos os lugares do Brasil?
Leonardo: Eu falo que não adianta ser capacitado mas o problema está em Manaus e você em São Paulo. Então, a green4T tem uma atuação em 25 estados da federação, com técnicos capacitados próximos e disponíveis. Atuamos com manutenção preventiva e preditiva para evitar uma ocorrência, mas caso ela aconteça, precisamos estar próximo do cliente. O atendimento precisa ser rápido para diminuir o downtime – a paralisação da operação de um data center. Então, a capilaridade de atendimento e a forma de apoio que a gente consegue ter é muito importante. Conseguimos estar em Manaus ou onde se precisar de suporte, direcionamos equipes rapidamente para atender. Isso eu acho que é fundamental.
Fabiano: Bom, dentro ainda do contexto de economia digital e esse aumento de demanda, você deu exemplos bastante claros e importantes de como os negócios estão muito dependentes das infraestruturas de TI. Mas há um outro fator importante também nesse debate que é a questão da sustentabilidade e em como as empresas têm buscado reduzir o impacto ambiental. Como é que os Serviços Continuados podem colaborar nesse processo?
Leonardo: Nesse ponto, eu costumo fazer uma comparação com um carro, Fabiano. Se o veículo estiver com manutenção em dia, ele vai ter um consumo menor de combustível e ter uma emissão menor de poluentes.
Um data center é composto por equipamentos – de no break, de energia, de climatização. É preciso também estar com a manutenção em dia. Um cliente que está trabalhando com máquinas de climatização limpas, sem sujeira na serpentina, com filtros limpos, o sistema de ar vai trabalhar com uma potência adequada e diminuir o seu consumo menor de energia.
A vida útil dos equipamentos também fica menor se você trabalha com máquinas sujas. É como nos filtros de ar dos ‘no breaks’: quanto mais sujo mais estiver, maior consumo de energia para fazer o seu trabalho. Uma manutenção bem feita, preditiva e preventiva, trocando as peças no tempo que o fabricante indica e atualizando esse parque ao longo do tempo afeta sensivelmente o consumo de energia do data center. Isso no longo prazo gera um impacto muito grande no ecossistema e na geração de energia e de emissão de carbono, quando se tem geradores à combustível, por exemplo.
Fabiano: Isso é importante frisar que nos Serviços Continuados, como na comparação com um automóvel, se bem feito e executado, reduz o consumo ou o custo de longo prazo e também o impacto ambiental. Isso além de promover melhor performance para os negócios das empresas.
Leonardo: Sem dúvida. Hoje, por exemplo, a gente tem aplicativos aí que são usados constantemente para pedir comida, por exemplo, e tudo passa por um data center. Então, poder contar com essa disponibilidade graças a uma manutenção em dia, o negócio digital vai evoluir cada vez mais.
Fabiano: Muito bem. Bom, infelizmente a gente precisa encerrar esse episódio super relevante ¬– porque vimos o quanto ele tem de contato com a realidade e com o dia- a-dia das empresas e das pessoas. É importante para quem trabalha com o mercado digital e para quem trabalha com um setor de TI.
Hoje conversamos com Leonardo Donati, que é Gerente Executivo de Soluções da green4T, para falar sobre “Qual a importância dos Serviços Continuados para o crescimento da economia digital?”
Leonardo, muito obrigado pela presença, foi uma grande estreia. Prazer e espero você aqui mais vezes.
Leonardo: Obrigado pelo convite. Espero voltar novamente para debater outros temas relevantes.
Fabiano: Muito bem, então é isso, se você que está ouvindo gostou desse conteúdo, curta e compartilhe nas suas redes e também siga o nosso canal no YouTube e as nossas mídias sociais, sempre com muito conteúdo relevante sobre tecnologia. Muito obrigado pela audiência e até a próxima.