Vantagens e aplicações da jornada digital ágil para os negócios – Episódio 31

Escolher a melhor estratégia para conduzir a empresa rumo a transformação digital, otimizando investimentos e reduzindo o risco, exige uma metodologia ágil e ferramentas de avaliação e implementação adequadas. Saiba mais a seguir.

Vantagens e aplicações da jornada digital ágil para os negócios – Episódio 31

A necessidade de digitalização dos negócios nesta nova era da economia tem levado muitas empresas a adotar estratégias pouco efetivas na hora de implementar soluções ou reformular as suas infraestruturas de tecnologia. Não raro, a falha começa no desconhecimento sobre o próprio problema real que está impactando a produtividade da empresa, levando a escolhas onerosas e ineficazes. Como evitar tomar o caminho errado?

“Acreditamos que usar as ferramentas e técnicas adequadas de avaliação e implementação é a melhor forma de garantir o sucesso, reduzindo o risco destes projetos”, afirma Alan Baldo, Gerente Executivo de Tecnologia da green4T. Para ele, a aplicação da metodologia da jornada digital ágil permite que o cliente entenda melhor os problemas que de fato tem, investindo dinheiro e esforço em uma estratégia mais assertiva e capaz de se adaptar aos cenários com a velocidade necessária. “Este processo reduz em 80% o risco de bugs no produto digital lá na frente”, diz. Acompanhe na entrevista concedida ao podcast greenTALKS.

Fabiano Mazzei – Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vinda a mais um episódio do podcast greenTALKS. Eu sou Fabiano Mazzei, jornalista da green4T, e lembro que você pode encontrar este conteúdo aqui no Spotify, no YouTube, em nosso blog Insights e também em todas as nossas mídias sociais.

A entrevista deste episódio fala sobre as Vantagens e Aplicações da Jornada Digital Ágil, a metodologia da green4T para facilitar a transformação digital das empresas e organizações.

Quem conversa com a gente sobre isso é Alan Baldo, Gerente Executivo de Tecnologia da green4T, a quem eu já agradeço pela presença mais uma vez, já que é a segunda participação dele no greenTALKS. Alan, seja bem-vindo mais uma vez ao podcast.

Alan Baldo – Muito obrigado eu que agradeço por participar e contribuir com os temas que são tão caros para nós.

Fabiano – Vamos começar explicando o conceito: o que é a jornada digital ágil?

Alan – Vamos lá. Nós acreditamos que usar as ferramentas adequadas, métodos e técnicas é a melhor forma de garantir o sucesso, reduzindo o risco das nossas empreitadas nos projetos de negócios dos nossos clientes. Por isso, foi desenhada uma combinação de métodos, técnicas e ferramentas com um formato de jornada permitindo que os clientes consigam aproveitar deste conhecimento metodológico e consultivo para entender melhor as suas dores, os problemas que têm de fato, antes de se pensar em solução. Então, a jornada digital ágil é uma combinação de diversas técnicas, estruturadas em fases que visam a descoberta de oportunidades, desafios e problemas, a proposta de soluções, a validação dessas soluções – usando sempre tecnologia e inovação – e, finalmente, permitindo que isso seja escalável num ambiente produtivo e nas operações dos clientes.

Fabiano – Perfeito. Quais seriam os benefícios dessa abordagem?

Alan – Eles são vários e, para estruturar um pouco melhor o raciocínio, vamos pensar nas fases que a gente aborda. Então, o primeiro benefício é priorizar os nossos investimentos de uma forma orientada a dados. Então, nós coletamos ali, usando algumas técnicas e, principalmente, uma abordagem do design thinking, insumos para definir qual é o problema que deve ser resolvido. De nada adianta nós temos uma solução maravilhosa se ela for o problema errado. Então, o primeiro benefício é a gente ter certeza que nós estamos investindo tempo e esforço – e consequentemente, dinheiro – na iniciativa correta e mais prioritária para aquele momento. O segundo grande benefício é a redução de riscos e aumento de qualidade. Então, existem dados que mostram que quando você aplica esse tipo de técnica nessa ordem, consegue-se reduzir em até 80% a quantidade de bugs na parte de produtos digitais lá na frente. Isso através da redução do escopo desnecessário, da priorização e do entendimento da necessidade das pessoas envolvidas nesses sistemas e produtos. Um outro benefício tem muito a ver com a agilidade – e agilidade no mundo digital e de negócios tem entendimentos parecidos e complementares. O primeiro deles tem a ver com a gente responder muito mais rápido às mudanças. Nesse sentido, tem muito mais a ver com o quão rápidos nos adaptamos às mudanças, ajustamos nossos planos e execuções para alcançar os resultados. A velocidade de execução também é importante, mas está muito claro que você economiza muito tempo, dinheiro e aumenta a qualidade quando você se adapta às mudanças mais rapidamente. Acho que o principal benefício é aumentar a qualidade, reduzindo o risco e otimizando o uso dos recursos na busca da solução.

Fabiano – Qual a aplicação prática desta abordagem?

Alan – Você sabe que eu sou apaixonado por transformar ideias incríveis em realidade. Então, usar esse tipo de abordagem para executar esse propósito é muito satisfatório e a gente tem vários cases para contar também a gente tem aplicado principalmente nos nossos projetos associados com as soluções de IoT, mas também internamente, no próximo no próprio desenvolvimento e evolução das nossas plataformas tecnológicas que apoiam os outros serviços do portfólio da green4T. Então, no caso das soluções de IoT, podemos pegar um dos exemplos para ficar mais fácil para entender como aplicamos. Começamos entendendo qual é de fato o problema do cliente: definir quais são as “personas”, rodar algumas cerimônias ou workshops para entender de fato quem que vai ser envolvido. Não só por uma questão de mapear todos os perfis envolvidos, mas quais são os prioritários realmente, aqueles que vão causar o maior impacto ao endereçar. Assim, conseguimos levantar os principais beneficiários do nosso engajamento.

Então, vamos voltar para um exemplo associado com cidade, que tem muita sinergia do portfólio da green4T, onde temos as soluções de IoT e para as cidades inteligentes. Neste caso, obviamente existem duas grandes personas envolvidas: um é o próprio cidadão, que vai receber o benefício final; e o outro é o gestor público. Dependendo do caso, é preciso priorizar o cidadão. Em outro, priorizar o gestor público, que vai maximizar o resultado dos nossos esforços e dos investimentos. Uma vez que essas personas estejam priorizadas, buscamos entender as necessidades do negócio em si, da operação. É quando começa a ter questões mais práticas e financeiras. A partir dessas necessidades, vamos definir de fato qual é o problema. Tudo começa com um desafio de negócio. A segunda etapa é entender qual é o problema que precisa ser resolvido para permitir que tenhamos uma solução que ultrapasse aquele desafio de negócio. E, a partir daí, conseguimos iniciar propostas de possíveis soluções.

Uma segunda etapa que é extremamente importante é para reduzir enormemente o prazo, o custo e o esforço envolvido na validação de uma hipótese de negócio, utilizando uma metodologia chamada de Lean Startup. Utilizamos o conceito do “protótipo testado”, que é muito mais barato de construir do que um produto. Mesmo sendo um MVP, um produto mínimo viável ou uma versão beta, o protótipo tem pouquíssima coisa por de trás dele, sem a necessidade de ter um sistema completo na nuvem ou servidor para poder validar um protótipo. Isso nos traz uma oportunidade de aprender rapidamente o que funciona bem e o que não, o que foi intuitivo e o que a gente tem que repensar.

Uma vez com todo esse aprendizado foi alcançado, passamos para uma etapa de business case, onde as hipóteses de negócio são levadas em consideração junto com o custo, receitas e impactos de redução de custo, de acréscimo de valor para definir o ROI e assim por diante. Veja que aplicamos desde uma técnica das escolas de design até o lado financeiro e de gestão de projeto. Uma vez que esse caso de negócio – que chamamos de Quick Business Case, porque ele precisa ser rápido para validar aquela hipótese de negócio priorizada nas etapas anteriores – se prova benéfico para a organização investir naquela ideia, passamos para a etapa de implementação, usando as metodologias ágeis, preferencialmente Scrum, para poder construir entregas incrementais.

Descrevi aqui a aplicação em uma sequência de etapas que cada uma lança mão de métodos, técnicas e ferramentas diferentes. Para a gente fechar esse entendimento, vamos tentar trazer uma visão: imagine isso em um gráfico onde essa é uma curva que vai subindo até o momento em que se consegue ter um entendimento de todos os custos e benefícios, a solução que já foi testada e tem uma grande probabilidade de funcionar. A partir daí, temos ciclos começando do ponto alto dessa curva onde cada volta é uma entrega incremental. Voltando àquilo que falamos sobre agilidade, a cada iteração, você consegue se adaptar às mudanças que aconteceram no ambiente, nos requisitos e evita de ter investido muito tempo num projeto muito longo que caminhou na direção errada.

Fabiano – Como é realizada esta implementação?

Alan – É quando as coisas começam a se realizar, no sentido de tornar as ideias em algo palpável, seja no formato de um sensor de IoT, de um app – como no caso da nossa operação que suporta os nossos técnicos em campo, as nossas equipes de atendimento –, seja em um dashboard de negócio para um gestor. A implementação e a combinação das nossas disciplinas mais técnicas com essa visão de negócios, usando as tecnologias e as ferramentas adequadas para transformar em realidade todo aquele projeto, aquele protótipo, aquela ideia que foi concebida nas etapas anteriores. Na prática, levamos em torno de uma semana na primeira etapa (design thinking), depois nessa implementação entre uma ou duas semanas, a depender da necessidade de mais uma iteração (lean startup) e, finalmente, iterações ou sprints de duas semanas, quando a gente começa a executar de fato o projeto visando a replicação e escala.

Fabiano – O valor dessa metodologia me parece clara, mas gostaria de saber o que de fato é entregue para o cliente nesta jornada?

Alan – Existem entregáveis muito palpáveis e outros mais abstratos. Começando por estes, porque nós estamos muito no campo das ideias, eu diria que o primeiro entregável é a identificação dos padrões de usabilidade, ou seja: após testes de usabilidade, por meio de entrevistas de usabilidade onde a gente avalia a experiência do usuário, do cliente, através de protótipos testáveis, conseguimos detectar o que vai funcionar muito bem e o que não vai funcionar. O primeiro entregável, então, é o que chamamos de Product Backlog, uma lista de desejos para um possível produto baseada em padrão de usabilidade.

O segundo entregável é um business case. Procuramos usar um Canvas de um Produto Mínimo Viável onde você associa quais são as personas atendidas, quais as jornadas e experiências, quais são as funcionalidades e quais são as hipóteses de negócio que nós queremos provar com aquele MVP e os indicadores de sucesso que garantem que estamos, de fato, sendo bem-sucedidos – junto, obviamente, com custos e benefícios esperados e os valores adicionados.

Por fim, a última etapa é uma prova de valor. Então, além da prova de conceito que costuma ter uma escala menor, a prova de valor é uma micro experiência daquele todo da operação em produção, usando já dados produtivos mesmo, reais da operação da organização, para demonstrar que, de fato, aquilo vai entregar o valor esperado pelas ideias que foram avaliadas. E, ainda, tem mais um entregável que é a evolução contínua, onde você já começa a capturar o valor rapidamente e continua evoluindo até que o investimento comece a gerar um retorno menor do que o necessário. Neste momento, reduzimos a tração desta ideia nessa evolução contínua e podemos partir para novos projetos, seja dentro dessa organização ou em outra.

Fabiano – Muito bem, acho que ficou bastante clara a importância e relevância dessa metodologia, como ela é aplicada e o valor que isso tem para o cliente. Eu gostaria de agradecer mais uma vez a participação do Alan Baldo, Gerente Executivo de Tecnologia, aqui no greenTALKS. Muito obrigado e espero que você volte aqui mais vezes. Obrigado pelo seu conteúdo!

Alan – Muito bom, eu agradeço e fica um convite para os clientes e para quem tem interesse também em entender um pouco melhor, na prática, como a gente aplica tudo isso, para que possamos engajar as pessoas e ficaremos muito satisfeitos em ajudá-los a endereçar esses desafios do negócio na forma de tecnologia aplicada aos desafios.

Fabiano – Então é isso: se você gostou deste conteúdo, por favor, curta e compartilhe em suas redes sociais e também veja outros conteúdos relevantes sobre tecnologia que postamos em nosso blog Insights, no YouTube e em nossas mídias sociais. Muito obrigado por ficar com a gente até agora e até a próxima!