A sustentabilidade empresarial tem sido um dos temas mais relevantes no debate sobre o futuro das companhias. Uma atuação sustentável consiste em compreender e agir para mitigar os impactos socioeconômicos e ambientais negativos, bem como fomentar e aprimorar os efeitos positivos produzidos pelo negócio para encontrar, a partir disso, oportunidades reais de crescimento.
Desde a fundação, em 2016, a green4T tem adotado medidas que contribuem para uma gestão pautada pelas práticas ESG (Environment, Social and Governance), com o compromisso de criar valor compartilhado junto a todos os nossos públicos, atuando com responsabilidade, transparência e visão de futuro.
Uma disposição que pode ser percebida em diversos aspectos, seja no engajamento dos times internos, no desenvolvimento de produtos e serviços, na atuação como empresa líder em soluções de tecnologia e infraestrutura digital, presente no Brasil e em outros 12 países da América Latina, e nos esforços da companhia para participar cada vez mais do debate mundial sobre como podemos colaborar para refrear as mudanças climáticas causadas pelo homem no planeta.
É com toda essa determinação e responsabilidade como companhia sustentável que embarcamos para Glasgow, Escócia, onde participaremos da COP26, a 26ª Conferência das Partes da ONU.
O evento, que acontece de 31/10 a 12/11, reunirá cerca de 200 chefes de Estado com o objetivo de determinar estratégias para acelerar a diminuição das emissões de gases poluentes que causam o aquecimento global e todo o impacto negativo decorrente sobre as nações.
A green4T participará de um fórum paralelo ao evento principal, que será realizado pela Responding to Climate Change (RTCC), uma organização sem fins lucrativos criada em 2002, classificada como observadora oficial para a Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), Convenção de Diversidade Biológica (CBD) e Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD). A RTCC também possui o status de “Special Advisory” do Conselho Social e Econômico das Nações Unidas.
Na programação, Eduardo Marini, CEO da green4T, participará de um painel no dia 06/11 sobre a transição energética na direção das emissões zero de carbono. Marini fará uma apresentação sobre o desafio da sustentabilidade dos data centers, The sustainability challenge for data centers – how Brazil is promoting greener technology with smart IT infrastructure management and renewable energy investment, onde destacará o papel do Brasil na promoção das energias renováveis para o desenvolvimento de uma indústria de TI mais eficiente energeticamente e de baixo impacto ambiental.
Na mesma data, Roberto Speicys, CEO e cofundador da Scipopulis, falará sobre How data-analysis platforms can provide evidences of the positive impact of measures to reduce public transport emissions, com o papel das plataformas de análises de dados para produzir insights ao gestor público e colaborar na redução das emissões de carbono do sistema de transporte das cidades.
Foi exatamente por esta atuação inspiradora da Scipopulis no desenvolvimento de soluções tecnológicas para colaborar com uma gestão mais eficiente da mobilidade urbana que a empresa foi convidada a participar do Global Scale-Up Programme.
O programa reúne empresas e startups de 10 países que, de alguma forma, já contribuam com soluções tecnológicas inovadoras para melhorar a qualidade de vida das cidades. A empresa foi reconhecida por desenvolver a plataforma Trancity, uma ferramenta de análise de dados que colabora no monitoramento, planejamento, operação e gestão do sistema de transporte público, tornando-se aliada fundamental na tomada de decisão dos administradores públicos em busca de reduzir o impacto ambiental desta atividade nas áreas urbanas.
Assim, desde setembro, a Scipopulis e demais participantes do programa foram desafiados a apresentar projetos que respondam a três problemas globais: resiliência ambiental, desperdício de alimentos e descarbonização do transporte – setor responsável por 25% de gases dos efeito estufa. Este tem sido o foco da atuação da Scipopulis no programa, na condição de única empresa brasileira presente neste grupo de trabalho.
Organizado pela The CivTech Alliance – uma rede mundial formada por agentes públicos, privados e do terceiro setor, a iniciativa tem o apoio da ONU, World Resources e Michelin Scotland Innovation Parc. O programa teve início em agosto e terminará durante a COP26.
Quais os objetivos principais da COP26?
A 26ª Conferência das Partes da ONU tem sido considerada a mais importante desde a COP21, realizada na capital francesa em 2015 e que resultou no célebre Acordo de Paris. À época, o documento que fora assinado por 195 países incluindo o Brasil, estabelecia prazos e metas para a redução das emissões de gases do efeito estufa a fim de manter em 2ºC o aquecimento máximo da Terra em relação a era pré-industrial.
Esta edição terá como papel principal cobrar mais celeridade das nações sobre o que fora acordado há seis anos. Isso porque pesquisas científicas recentes têm demonstrado que é preciso acelerar a transição sustentável do planeta. Em agosto deste ano, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) – um estudo elaborado por 234 cientistas de 66 países sobre causas e efeitos da elevação da temperatura média da Terra – indicou que este índice de aumento pode chegar a 1,5ºC já nas próximas duas décadas, o que deu novo sentido de urgência e ainda mais relevância ao encontro em Glasgow.
Neste sentido, cada país deve se comprometer a agir conforme a sua capacidade e necessidade. As Contribuições Nacionais Determinadas (NDCs, em inglês) são medidas tomadas e resultados obtidos por cada nação e que devem ser reportados à ONU a cada cinco anos. O primeiro destes ciclos começa agora.
Na COP26, os objetivos primários a serem debatidos serão:
1. Mitigação
Garantir emissões globais zero até a metade do século e manter o índice de 1,5ºC dentro do alcance. Para tanto, é necessário que as nações cortem pela metade suas emissões de gases nocivos ao meio ambiente até 2030, chegando a 100% em 2050. As autoridades devem investir em uma transição mais acelerada da geração de energia por meio da queima de carvão para fontes definitivamente limpas. É preciso também proteger e restaurar florestas, além de acelerar a mudança definitiva da frota de veículos mundial por modelos de emissão zero.
2. Adaptação
É urgente proteger comunidades e habitats naturais. Pessoas em todo o mundo já vivem em áreas altamente impactadas pelas mudanças climáticas. A comunidade internacional precisa ser chamada para adaptar a realidade dos países que são mais vulneráveis ao aquecimento do planeta e seus efeitos. A meta é criar mais resiliência a partir de apoio financeiro, logístico, de proteção ambiental, infraestrutura e comunicação.
3. Financiamento
Para conquistar as metas climáticas, cada empresa, banco, seguradora e investidor precisa ser estimulado a agir e assumir a sua parte no processo. Em razão da escala e da velocidade das alterações do clima, é essencial a manutenção de um fundo emergencial global, com financiamento público e privado cujo intuito é desenvolver infraestruturas resilientes nos países mais frágeis, suportar economias abaladas por eventos naturais, incentivar a transição energética e entregar soluções tecnológicas inovadoras e absolutamente acessíveis no combate aos efeitos do aquecimento da Terra. A meta é alcançar US$ 100 bilhões por ano para investimentos climáticos nos países mais pobres e em desenvolvimento.
4. Colaboração
Trabalhar em conjunto para entregar os resultados necessários. Este é um dos chamamentos mais importantes da COP26. O encontro deve finalizar o “Livro de Regras de Paris”, como tem sido denominado o documento que criará consenso sobre uma solução para dar mais robustez aos mercados de carbono, transparência perante os compromissos assumidos pelos países e suporte para o fechamento de um acordo universal para orientar as ambições dos governos sobre os próximos anos, estimulando-os agirem com firmeza na preservação da meta de 1,5ºC.
Um futuro mais “green”
A companhia tem trabalhado para acelerar a transformação digital de empresas e organizações de forma sustentável. Desenvolvemos produtos e serviços para tornar as infraestruturas de TI mais resilientes, disponíveis, seguras, eficientes e de baixo impacto ambiental.
Todo este esforço busca confirmar o papel da tecnologia como um aliado fundamental no enfrentamento dos reflexos das mudanças climáticas na vida do planeta.
É por meio da inovação e soluções tecnológicas que poderemos reduzir a pegada de carbono da indústria 4.0, das plataformas de logística, da produção de alimentos no agronegócio e de setores econômicos sensíveis, como o de óleo e gás.
As ferramentas digitais também têm trabalhado para melhorar a qualidade de vida nas cidades e a segurança diante de catástrofes naturais nos grandes centros urbanos, a partir da integração de dados oriundos de diversos recursos tecnológicos – IoT, edge computing, satélites, drones –, permitindo decisões mais assertivas por parte do gestor público.
A ciência de dados será fundamental no suporte para a validação de estratégias, monitoramento dos resultados e para dar transparência quanto ao real propósito das ações.
Neste sentido, infraestruturas de TI ainda mais resilientes, ágeis e seguras serão necessárias para lidar com volumes cada vez maiores de dados climáticos. Elas são o ground zero de toda essa mudança pró-planeta e é exatamente onde estaremos: de forma eficiente, disponível e sustentável, prontos para suportar a transformação das empresas, cidades e nações rumo a um futuro mais green.