Sala-cofre certificada: as normas que regulamentam sua instalação e manutenção, e os testes aos quais é submetida

Salas Cofre são um tipo de solução para proteção física de data centers contra os diversos riscos derivados de um incêndio

Sala-cofre certificada: as normas que regulamentam sua instalação e manutenção, e os testes aos quais é submetida

Fogo, fumaça, temperatura, gases corrosivos, impactos simulando a queda de escombros, e água provenientes do combate a incêndio, além dos demais riscos inerentes ao local tais como: acesso indevido, roubo, sabotagem, explosão, arma de fogo, água proveniente de vazamentos de tubulações ou de andares superiores, poeira e eletromagnetismo são riscos físicos derivados de um incêndio e que podem afetar os data centers caso eles não contem com a solução chamada sala-cofre.

Tais condições são determinadas na norma NBR 11.515 e ISO 17000, que classificam e orientam sobre quais riscos devem ser considerados e também sobre os limites de emergência que garantam a proteção dos equipamentos de TI e suas informações.

A solução [**sala-cofre**](http://www.green4t.com/seguranca-fisica/) surgiu na década de 80 na Alemanha, diante da necessidade de proteção dos antigos CPDs, principalmente contra os incêndios. Ao longo dos anos, foram acrescidas outras proteções em decorrência do surgimento de novos riscos, como roubo das informações, vazamento de água, etc. Essas medidas de segurança são indicadas principalmente para proteção de [**data centers**](http://www.green4t.com/tipos-de-data-center/) localizados em edifícios multidisciplinares, onde o controle das áreas e dos demais andares é difícil, sendo necessária a mitigação dos riscos.

É uma excelente solução para proteger os **equipamentos de TI** e principalmente as informações dos sistemas que, mediante a ocorrência de sinistro, garante o retorno da normalidade do ambiente no menor prazo.

A **NBR 15.247** foi baseada na norma europeia **EN 1047-2**, que orienta e rege os requisitos básicos para teste de **salas-cofre**, onde um protótipo com dimensões reais (3m de largura x 4m de comprimento x 2,80m de altura) é montado dentro de um forno apropriado e passa por testes rigorosos que simulam situações de sinistros.

A temperatura dentro do forno se eleva a 960ºC e é mantida por 60 minutos, após 45 minutos de fogo intenso, é realizado o teste de escombro por meio de um impacto de 300 joules no centro da parede de 4m. O fogo continua atuando até completar os 60 minutos e então se verifica a estanqueidade do ambiente.

Após o período de fogo, tempo máximo em 90% dos incêndios nos edifícios, inicia-se o período de rescaldo, que tem duração de mais 16 horas. O forno permanece fechado e se inicia o resfriamento usando uma curva especifica e apropriada, determinada pela NBR 15.247.

Atendendo aos requisitos da NBR 11.515, nenhum dos pontos de medição da temperatura interna do protótipo pode ultrapassar, em hipótese alguma, o limite de 75°C. Esse é um limite de emergência que os **equipamentos de TI**, e principalmente os discos rígidos, suportam. Já o nível de umidade relativa não pode ultrapassar os 85%.

A ABNT, seguindo o padrão internacional de certificação criou um procedimento robusto e seguro que garante a funcionalidade da solução de proteção contra os diversos riscos citados e, para tal, ele leva em consideração o atendimento a todos os requisitos contidos na norma NBR 15.247, aos nível de proteção IP CODE, contra pó e água definidos na EN 60529.

Tal procedimento também considera as classes de proteção contra arrombamento citadas na EN 1627 e as exigências da NFPA 2001 em relação aos **sistemas de combate de incêndio** e outros testes relativos.
Anualmente, ou quando a solução sofrer qualquer alteração, exige-se que se verifique sua estanqueidade por meio de teste especifico e orientado pela norma ASTM E779.

O processo de certificação é bastante rigoroso e exige não só do fabricante, como de seus autorizados, a manutenção de um programa de qualidade ISO 9001. Auditorias rotineiras são executadas pela certificadora a fim de garantir todo o processo de fabricação, instalação e manutenção da solução.
O programa de certificação exige que a solução deve receber manutenções preventivas e corretivas, realizadas única e exclusivamente pelo fabricante ou por um representante autorizado.

Apenas assim se garante o selo de certificação, pois, somente por meio da utilização de peças originais e serviços técnicos qualificados e especializados é que se pode garantir a funcionalidade, a estanqueidade e a eficiência da solução. Tal exigência traz benefício extra ao usuário final, uma vez que garante a preservação do investimento executado.